Peguei um dicionário de idéias afins, era preciso fazer conexões de idéias perdidas no espaço infinito de minha alma. Foi um presente sábio esse, talvez não fosse esse o motivo de o ter ganho, porém foi o uso mais bem feito.
Uma noite, uma angústia, a busca por respostas que não pareciam perto, a busca por um alívio, por entendimento. E na confusão dos sentidos e dos sentimentos aparece a lógica escondida por de trás de nossas preocupações. E lá veio ela, morna, confortável, acalentadora, lá veio ela, a paz. Tudo o que eu precisava era descobrir que busco o movimento em minha quietude, que busco a permanência na ausência e na mudança, que busco a transformação do que é eterno e imutável. Que busco o ilusório que por si só é belo e mágico. A pequena felicidade, a tranqüilidade, o repouso e a dança de meu coração.
E a noite seguiu e pude descansar em paz, ciente de mim, ciente das idéias e das confusões que corriam sobre a minha cabeça.